Auxílio-doença negado pelo INSS: O que fazer e como recorrer
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Receber a negativa do auxílio-doença pelo INSS pode ser um momento difícil, especialmente para quem já está lidando com problemas de saúde e precisa de apoio para seguir em frente. Com as revisões de benefícios ficando cada vez mais rigorosas, muitos trabalhadores acabam se sentindo inseguros e sem saber o que fazer.
Mas você sabe quais são os principais motivos que levam à recusa do benefício? Entender essas razões é o primeiro passo para se preparar melhor, seja para uma nova solicitação ou para entrar com um recurso.
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A seguir, veja o que pode causar a negativa, como recorrer da decisão e dicas que podem aumentar suas chances de ter o auxílio aprovado.
O auxílio-doença, atualmente denominado benefício por incapacidade temporária, é um direito assegurado pela Previdência Social aos trabalhadores que, por motivos de saúde, ficam temporariamente impossibilitados de exercer suas atividades laborais. Este benefício é fundamental para garantir a segurança financeira durante períodos de afastamento.
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Como saber se tenho direito ao auxílio-doença?
Para conseguir o auxílio-doença, o trabalhador precisa cumprir alguns requisitos básicos:
Inscrição no INSS: É necessário estar registrado como segurado.
Carência: O segurado deve ter contribuído por pelo menos 12 meses, salvo exceções previstas em lei.
Laudo médico: É imprescindível apresentar um atestado médico que comprove a incapacidade e se submeter à perícia médica do INSS.
Duração da incapacidade: A incapacidade deve ser superior a 15 dias.
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Para obter o Auxílio-Doença o trabalhador precisa estar afastado por mais de quinze dias consecutivos. Imagem: Agência Brasil.
Por que o INSS nega tantos pedidos?
Nos últimos meses, o INSS tem adotado critérios mais rigorosos na análise dos pedidos de auxílio-doença. Essa mudança visa combater fraudes e garantir a correta distribuição dos recursos públicos. Contudo, essa rigidez tem gerado um aumento significativo nas negativas.
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Principais motivos para a negativa
Falta de qualidade de segurado: Se o trabalhador para de contribuir por um tempo e ultrapassa o chamado período de graça, ele pode perder o direito ao auxílio-doença.
Carência insuficiente: A exigência de 12 contribuições mensais consecutivas é um dos principais motivos de negativa.
Documentação médica incompleta: Laudos que não apresentem informações detalhadas podem ser desconsiderados.
Divergência entre laudos: Se o médico do INSS não concordar com a avaliação do médico assistente, o benefício pode ser negado.
Doenças não reconhecidas: Algumas condições podem não ser consideradas incapacitantes pelo INSS.
O que a negativa gera para a vida dos segurados
A negativa do auxílio-doença pode ter consequências devastadoras para os segurados. A insegurança financeira é apenas uma das várias dificuldades enfrentadas. Muitas pessoas relatam problemas como:
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Perda de renda familiar: A falta do benefício pode comprometer a manutenção do lar.
Dificuldades em tratamentos médicos: Sem recursos, muitos não conseguem arcar com despesas de saúde.
Endividamento: A pressão de ficar sem renda pode fazer com que as dívidas se acumulem, trazendo ainda mais preocupação.
Saúde prejudicada: Sem o auxílio necessário, a condição de saúde do trabalhador pode se agravar, dificultando ainda mais a recuperação.
Impacto emocional: A incerteza, o estresse e a sensação de abandono podem afetar diretamente a saúde mental e emocional de quem já está fragilizado.
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Conhece o limbo previdenciário?
O limbo previdenciário ocorre quando o INSS nega o benefício, mas o trabalhador ainda está incapacitado. Nesse cenário, o empregador considera o funcionário inapto para o trabalho, mas o INSS não concede o auxílio, criando um vácuo legal.
Consequências do limbo previdenciário
Ausência de renda: O trabalhador acaba ficando sem o salário e também sem o benefício, o que compromete totalmente o sustento da família.
Disputa entre empresa e INSS: Surge uma incerteza sobre quem deve arcar com os custos.
Meses sem receber: O segurado pode passar longos períodos sem qualquer tipo de renda.
Como recorrer de um auxílio-doença negado
Nem toda negativa do INSS é definitiva. Existem caminhos para contestar a decisão e buscar a concessão do benefício.
Passo a passo para recorrer
Entenda o motivo da negativa: Leia com atenção a carta de indeferimento, ela deve informar por que o benefício foi negado.
Reforce a documentação: Se for o caso, atualize seus laudos, exames e outros documentos médicos que comprovem sua condição de saúde. Quanto mais claro estiver, melhor.
Apresente um recurso administrativo: O recurso pode ser feito pelo Meu INSS ou diretamente nas agências.
Ação judicial: Se o recurso for negado ou a resposta demorar, é possível buscar a Justiça Federal.
Utilize seus exames como prova em processos do INSS. Imagem: Agência Brasil.
Quando não é possível recorrer?
Em casos de carência insuficiente ou perda da qualidade de segurado, não há como recorrer. Nesses casos, o trabalhador deve:
Recolher contribuições ao INSS para readquirir a condição de segurado.
Espere o novo período de carência, exceto nos casos em que a lei permita abrir uma exceção.
Alternativas ao auxílio-doença: reabilitação profissional
Quando o retorno à função habitual não é viável, o INSS pode oferecer a reabilitação profissional. Esse processo visa capacitar o trabalhador para uma nova atividade compatível com sua condição de saúde.
O que é a reabilitação?
A reabilitação é um treinamento para uma nova função, promovendo a reinserção no mercado de trabalho. Durante esse processo, o segurado tem direito a:
Receber o benefício.
Participar de cursos e atividades indicados pelo INSS.
Garantia de estabilidade por até 12 meses após o retorno.