Abrir MEI para se aposentar: veja vantagens, desvantagens e alternativas

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Muitas pessoas no Brasil se perguntam se vale a pena abrir um CNPJ como Microempreendedor Individual (MEI) para garantir a aposentadoria e outros benefícios do INSS. Embora essa ideia possa parecer boa, é importante entender se ela realmente faz sentido, especialmente para quem não tem um negócio ativo.

Confira a seguir, as vantagens, desvantagens e também alternativas para contribuir com o INSS sem precisar formalizar uma empresa. Veja se essa é a melhor opção para o seu caso!

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O que é o MEI?

O Microempreendedor Individual (MEI) foi criado para tornar a formalização de pequenos negócios e trabalhadores autônomos mais simples. Com um processo descomplicado, o MEI permite que o empreendedor tenha um CNPJ, emita notas fiscais e tenha acesso a benefícios previdenciários. No entanto, essa formalização vem acompanhada de obrigações que precisam ser cumpridas.

Benefícios do MEI

Ao se registrar como MEI, o empreendedor passa a ter direito a diversos benefícios, como:

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  • Aposentadoria: O MEI tem direito à aposentadoria por idade ou invalidez.
  • Auxílio-doença: Em caso de problemas de saúde, o MEI pode solicitar esse benefício.
  • Salário-maternidade: Mulheres que se tornam mães têm direito a esse benefício.
  • Pensão por morte: Os dependentes do MEI podem receber pensão em caso de falecimento.
  • Facilidade de crédito: Com o CNPJ, o MEI tem acesso a linhas de crédito exclusivas para pequenos empreendedores.
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Esses benefícios são atrativos, mas é importante lembrar que, ao abrir um MEI, o indivíduo assume responsabilidades fiscais e administrativas.

Obrigações do MEI

Ao optar por se formalizar como MEI, o empreendedor deve cumprir algumas obrigações, mesmo que não tenha um faturamento significativo. As principais exigências incluem:

  • Pagamento mensal do DAS: O Documento de Arrecadação do Simples Nacional deve ser pago mensalmente, independentemente do faturamento.
  • Declaração Anual de Faturamento: É necessário entregar a Declaração Anual de Faturamento (DASN-SIMEI).
  • Regularidade com a Receita Federal: Manter a situação cadastral em dia é essencial para evitar problemas futuros.
  • Encerramento do CNPJ: Caso o empreendedor decida não continuar, é necessário realizar o encerramento formal do CNPJ.
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"Mulher trabalhando como microempreendedora, representando a função do DAS-MEI no cumprimento das obrigações tributárias."
O DAS-MEI simplifica o cumprimento das obrigações tributárias para os microempreendedores individuais. Imagem: Agência Brasil.

Ignorar essas obrigações pode resultar em dívidas e complicações na hora de solicitar benefícios.

Alternativas ao MEI para contribuir com o INSS

Para quem não quer abrir um MEI, há alternativas mais simples para contribuir com o INSS. Uma dessas opções é o contribuinte facultativo, que permite que pessoas que não exercem atividade remunerada façam contribuições voluntárias.

Contribuinte facultativo

O contribuinte facultativo é uma modalidade destinada a indivíduos que desejam contribuir para a Previdência Social sem a necessidade de formalizar um negócio. Essa opção é ideal para quem não possui uma atividade geradora de renda, mas deseja garantir acesso aos benefícios do INSS.

Como se inscrever

A inscrição como contribuinte facultativo pode ser feita de forma simples, através do aplicativo ou site Meu INSS. Após a inscrição, o indivíduo pode iniciar os pagamentos mensais de forma autônoma.

Tipos de contribuição para o INSS

Existem diferentes formas de contribuição para o INSS como segurado facultativo, cada uma com suas características e benefícios. As principais opções incluem:

Código 1406 – Alíquota de 20%

  • Contribuição: Permite que o segurado contribua com um valor que varia entre o salário mínimo e o teto previdenciário.
  • Benefícios: Garante acesso a todos os benefícios do INSS, incluindo a aposentadoria por tempo de contribuição.
  • Indicação: Ideal para quem pode investir mais mensalmente e busca uma proteção completa.

Código 1473 – Contribuição simplificada de 11%

  • Contribuição: Valor fixo de 11% do salário mínimo.
  • Benefícios: Acesso à maioria dos benefícios do INSS, exceto aposentadoria por tempo de contribuição.
  • Indicação: Uma boa escolha para quem deseja economizar, mas ainda assim ter cobertura básica.

Código 1929 – Contribuição de baixa renda com 5%

  • Contribuição: Destinada a pessoas de baixa renda familiar, cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico).
  • Benefícios: Garantia de benefícios essenciais, como aposentadoria por idade e auxílio-doença.
  • Indicação: Mais acessível para famílias em situação de vulnerabilidade social.

Vale a pena abrir um MEI apenas para contribuir com o INSS?

Pessoas interagindo em um estande de feira, discutindo sobre produtos e possibilidades de negócio, ilustrando atividades empreendedoras.
Interações de empreendedores e o impacto de abrir um MEI para garantir a contribuição ao INSS. Imagem: Agência Brasil.

Para aqueles que não exercem atividades empreendedoras, abrir um MEI apenas para garantir a contribuição ao INSS pode não ser a melhor opção. Embora o valor da contribuição mensal seja acessível, as obrigações fiscais e burocráticas podem ser um fardo desnecessário.

Quando o MEI é vantajoso?

A formalização como MEI é vantajosa para quem:

  • Já atua como autônomo ou informalmente.
  • Precisa emitir notas fiscais para seus clientes.
  • Busca acesso facilitado a crédito.
  • Deseja regularizar sua situação como pequeno empreendedor.

Nesses casos, o MEI pode ser uma excelente alternativa, garantindo direitos previdenciários e facilitando o acesso ao mercado.

Uma dica para você

Se você não exerce atividades empreendedoras e busca apenas contribuir com o INSS, considere as alternativas mais simples, como o contribuinte facultativo. Avalie bem sua situação para evitar burocracia desnecessária, e escolha a melhor forma de garantir seus direitos previdenciários.

Fonte: www.assistencialismo.com.br

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